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Pra relaxar, seguindo o exemplo de algumas pessoas da minha vida entrei nessa de Blog. Vamo ver o que sai daqui.

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sexta-feira, 23 de abril de 2010

futuro

Você se preocupa com o futuro? Planeja? Se prepara e faz provisões?
Eu não. Quer dizer, não tanto. Não quero ser rico, não quero casas e carros. Só que as vezes eu penso o que vai ser de meu filho? E eu nem tenho filho. O problema é que sempre que estou com um de meus sobrinhos eu tenho essa preocupação. O que vai ser dessa criança? E quando eu tiver um filho? Porra. Antes eu tinha muito medo de morrer, de não descobrir o que vem depois do fim. Acreditava parcialmente em Deus, rezava e pedia, as vezes agradecia, mas nunca tinha certeza se alguém receberia minhas preces, suplicas e especialmente se o filminho da minha vida ia passar pra mim antes do fim, pra Deus na hora do acerto de contas, ou se ninguém ia ver esse filme. Passava mal, tinha náuseas, perdia o sono e acabava indo bater de frente com a angustia pra ver se passava. Gastei um carro saltando de para-quedas, fui ao rio são francisco fazer bungie-jump, ia pro rapel, lutava jiu-jitsu e treinava pra competir porque eu gostava mesmo era do medo de subir no tatame, ser apagado e não voltar mais, tudo até os vinte e poucos anos.
Um dia ela entrou no meu trabalho e minha vida mudou. Em duas semanas eu acabei comprometido pra vida toda, fui embora da Bahia, encarei um monte de coisas ruins, inveja, ciúme, puxadas de tapete, falsidade de todo tipo porque valia a pena. Valeu mesmo. Essa mulher me mudou, mas não conseguiu me transformar em um cara ambicioso. Sem isso, não era o bastante. Com ela eu pensei a primeira vez em ter um filho. Mas nem chegou a ser uma idéia, até porque ela poderia ser uma mãe ausente. A idéia de ser pai ficou amortizada muito tempo até o ano passado. Achava que havia encontrado a pessoa certa. PÊÊÊNNN!! Resposta errada! Não era, nem seria. Mesmo sendo uma mulher e tanto, tem a bússola mais quebrada que a minha. Acordava jornalista, almoçava médica, jantava cosinheira chef executiva e ia dormir embaixadora do Brasil em Unganda. Na ultima vez que a ví, tive a impressão de que ela estava grávida e fiquei feliz de não correr o risco de ser responsável por isso. Nem sei se vai mesmo.
Hoje minha sobrinha Mirella veio toda orgulhosa me mostrar que perdeu o segundo dente e tem outro que já tá ficando mole. Que orgulho! Que alegria receber uma visita tão ilustre pela janela pra me mostrar que tá crescendo. Sou louco pelos filhos de meus amigos! Na Alemanha passava horas com mis sobrinos, filhos de um amigo venezuelano que é diretor do teatro de uma importante cidade vizinha a Hottenbach. Éramos os únicos. Sudacas jovens perdidos num interior de 700 habitantes, quase todos idosos. Tenho uma saudade que chega a ser desconfortável. Aqueles niños me ensinaram alemão, espanhol, jonh deere, apfelschorle e que a faze do "por que" é universal e acontece em todas as línguas... Pense na confusão de um menino de 3 anos perguntando perguntando o porque de tudo pra você em alemanhol... Detalhe! Eles falavam espanhol por minha causa, porque antes, ouviam o pai em espanhol mas respondiam em alemão. Desenvolveram outra forma de comunicação por gostar do tio grandalhão que carregava os dois nos ombros e descia ladeiras a toda com eles de bicicleta.. "Más Rapido Adriano!" gritava o mais velho(tem uma foto dele ali encima) e "No! Herman tiene miedo!" retrucava el chiquito. Que saudade da porra! Uma hora escrevo só sobre eles.
Você pensa no futuro? E nos seus filhos? E em ter filhos?
Esse é o único futuro que eu penso, o que pra mim não é real e pode não chegar a ser. Será que eu vou ser pai? Será possivel que eu deixe minha semente pra prosperidade?
Esses dias comecei a notar detalhes importantes numa mulher que encontro e convivo ocasionalmente. Vi que ela me entende muito, assim como eu a ela, que tenho vontade de ficar perto dela, faze-la rir(apesar de ser considerado sério por ela) e tomar um cafezinho com ela. E ela nem me nota... Vai começar tudo de novo? Pode ser. Tudo de novo, porém diferente!
Aí eu penso no futuro, faço projeções, sonho... Agente sonha né?
No fim, acho que eu penso no futuro. Mas não tanto assim!

"

Não vos preocupeis com o dia de amanhã, pois este não lhe pertence."

terça-feira, 20 de abril de 2010

Interlúdio

Tava movimentado o check-in. Grupos, véspera de feriado, encerramento de congresso da ONU, diplomatas furando a fila* tentando viajar pra europa, ou passando por lá parando o check-in com aqueles passaportes azul-claro-geladeira-antiga e a nuvem preta de Lost atrapalhando a aviação no mundo. Deu jegue de listra em Salvador também! Listras coloridas!
Eu estava no despacho de bagagem, atendendo os mais antenados que chegam com o check-in pronto de casa ou fazem nos totens de auto atendimento e a todos que fazem todas as perguntas possíveis porque acham que eu também sou help-desk, só porque fico na primeira posição de atendimento. Quem tem medo de computador fica na fila grande, azar.
A fila da bagagem tava crescendo, eu com um Indonesio na minha frente pedindo pra ir pra 'Son Palo' sacudindo o azulzinho na minha cara e uma banda despachando todo o recheio de um trio elétrico. Aí chegou aquele senhor, com uma expressão tensa e consternada, de gravata meio aberta, paletó e pasta na mão e pergunta se ainda dá tempo de ser atendido em um vôo que tava com o check-in fechado a uns 10 minutos. "É realmente um caso de vida e morte", ele falou, explicou que era uma emergência, que tinha comprado o bilhete com uma agencia por telefone, enquanto dirigia para o aeroporto. O Indonesio não parou de falar e enquanto eu seguia despachando cases de instrumentos perguntei à Livia, minha supervisora-gata-gente-fina se poderia fazer esse atendimento, já que realmente parecia ser uma viagem de ultima hora. Quando veio a resposta, o telefone do passageiro tocou e eu ouvi ele atender a irmã:
"oi Mana, me fala, como é que tá?"
Arregalou os olhos por um segundo, enquanto ia ficando pálido, os ombros caíram e eu vi seus olhos marejando.
Me partiu o coração, não ia dar tempo de dizer adeus a alguém importante... Até o indonesio ficou quietinho. Atendi ao passageiro, perguntei se queria uma água, disse que sentia muito e encaminhei ao portão para embarque imediato. Queria poder demonstrar emoção de verdade, sair daquela postura.
Assim que ele saiu, o indonesio, o passaporte dele e a banda voltaram a disputar minha atenção. Foram 2 minutos, num interlúdio triste no meio daquela feira-livre.



*É regra, diplomatas tem prioridade de check-in e embarque.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Paciência, persistencia e mudança

Não dei dizer como nem quando aconteceu mas eu consegui me tornar uma pessoa persistente. Isso e uma grande vitoria pra mim. Acho que de certa forma, sempre fui, mas, mesmo assim me faltou a paciência pra ser persistente em muitos momentos de meu passado. Isso mudou, graças a Deus com estou fazendo as pazes e graças a mim, por não ser tão burro e entender, mesmo que demoradamente, quais foram as minhas falhas. Faltou persistencia.

Não sei se se encaixa, no meu caso e nesse caso, o termo persistencia, falando daquela sempre tive. Muitas vezes veio junto com o orgulho, grande qualidade e defeito que possuo. Sempre que tomei alguma atitude com relação ao meu comportamento ou ao de alguém mantive minha postura, mesmo que não eu queira, que sinta que pode ser diferente ou que já alcancei o efeito ou a consequencia que desejei. Assim minha persistencia de sempre, atrapalha mais que ajuda. Uma vez, durante um relacionamento, minha namorada e eu estávamos jogando cartas. Ela me ensinava um jogo que parecia buraco, mas tinha outro nome algumas regras diferentes, um jogo mais difícil, mais duro que pode ser uma forma mais inteligente de jogar. Confuso por causa das novas regras e do velho habito de jogar buraco eu sempre me confundia. Ela ria, se divertia com minha cara e claro que ganhava com grande diferença de pontos. Eu não ligava ate que começava a ligar, ai perdia a calma mas continuava no sangue frio e com vontade de aprender(Leia de não perder). Numa das partidas ela bateu sem cumprir uma das regras do jogo eu reclamei brincando que ela estava roubando. Ela achou ruim e resolveu cancelar o jogo dizendo que não da pra jogar comigo e que não ia mais fazer isso. Ok, você que sabe. Dias depois ela veio pra mim:

- Vamos jogar aquele jogo? – E eu, pensando no que ela havia dito respondi bem menos do que me ocorreu fazer:

- Não to afim. - Isso aconteceu umas vezes e ela percebendo que eu não ia mais jogar acabou desistindo. Nunca mudei minha postura com o tal jogo.

Minha mãe reclamava muito comigo que eu não era persistente. Que largava ou desistia das coisas muito fácil, que eu me empolgava e esquecia das coisas com a mesma facilidade. Fiz isso quando criança no karate, no primeiro e no segundo curso de inglês, na minha primeira faculdade. Fiz isso no que eu considero meu primeiro emprego. Era na joalheria do Seu Moisés, na rua que morava, eu tinha uns 12 anos, era amigo do filho dele, Cassio que tinha uns 16 e me levava pra uma pista de bicicross improvisada não muito longe de casa. Acho que ele só me levava pra rir das minhas quedas. Insistentes quedas horríveis. Eu me arrebentava todo, cheguei a ganhar um capacete do filho do Seu Moisés porque ele percebeu que eu não ia desistir de cair ou de tentar ate fazer direito. E eu fiz! Como o Cassio trabalhava com o pai durante a tarde, eu ia sempre la e adorava ver o trabalho deles. Ouro, pedras, aqueles anéis e correntes quebradas e foscas eram entregues novinhas aos clientes. Tinham as jóias de encomenda, alianças, pingentes, lembro de quando Seu Alberto Boaventura(grande amigo, mestre e personagem que vou dedicar umas letras algum dia) foi encomendar um presente para o neto que estava se formando:

Abotoaduras de ouro com o as iniciais do nome do neto em esmeralda. Ele trouxe o desenho que queria e eu não botei fé que o Seu Moisés fosse fazer igual. Passei uma semana assistindo ao trabalho do joalheiro que como ia mostrando umas manhas pro filho, me incluiu nas aulas. Todas as tardes, as 17 horas o artezao parava o que estava fazendo para se dedicar a encomenda do meu amigo velho. Vi ele fazer o molde para o metal, cortar e lapidar as pedras que o próprio cliente trouxe em forma de elegantes letras, vi derreter, moldar, martelar, lixar, polir e ajudei a fazer umas caixinha de madeira que ele botou uma almofadinha e forrou com veludo preto bem fino com as inicias bordadas na tampa da caixa. Noooassa! Era aquilo que eu queria fazer da vida! Ser joalheiro. Um artista do metal e das pedras. Ganhar dinheiro fazendo reformas e concertos nas jóias danificadas e de vez em quando poder expressar meu talento e dedicação em coisas como a encomenda de Seu Alberto. Passei semanas pedindo pra trabalhar pra ele. De tanto que insisti, ele me prometeu uma vaga de 4 horas por dia nas ferias. Aguardei ansiosamente e quando chegaram as ferias me apresentei na primeira segunda feira depois do fim das aulas. Comprei ate uma camisa de botão pra trabalhar.

Mas meu emprego durou dois dias. No primeiro ele me deu vários anéis para polir na maquina. Aquilo machucou meus dedos e doeu minha mão. No segundo, me ensinou a derreter ouro e prata pra colocar nos moldes de barrinhas. O maçarico esquentava demais, queimou minha mão, as barrinhas também me queimaram. No terceiro dia, passei pomada de queimadura nas mãos, peguei a bike e o capacete e fui pra pista de bicicross.

Havia abandonado meu primeiro emprego. Só depois entendi por Seu Moisés e o filho tinham as mãos grossas e cinzentas.

Meu segundo, real primeiro emprego foi no Macdonalds, durou 4 meses. Trabalhei com fotografia de eventos com dois amigos e igualmente empolgados e desmotivados, foi rapidinho.

Um chefe que tive num hotel me disse uma vez que o segredo e paciência e persistencia. Demorei de captar a mensagem, mas entendi na hotelaria mesmo como isso funciona. Algum tempo alguém me disse que admirava minha persistencia. Que acha bonito de ver como eu vou ate o fim quando começo algo, não importa a dificuldade nem o cansaço. Não sei descrever como foi bom ouvir esse tipo de observação sobre mim. Me me mostrou que cresci, amadureci e continuo evoluindo. Alguém me disse que amadurecer dói. Dói mesmo. Mas o resultado...

E bom sentir-se orgulhoso da própria mudança, uma vitoria pessoal. Bom mesmo!

P.S. Ate hoje morro de vontade de jogar aquele buraco diferente.


Assuntos internos:

Obs: so fiquei triste de perceber que me tornei uma vez uma namorada em um relacionamento... Preciso agir mais como tal, pra nao me machucar mais ...

OBS. 'Uma vez, uma namorada' foi usado para não dar noção de tempo, não para especificar qual ou quando ou de quem se trata. Continuo te amando


quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Silêncio por favor!

Comecei um blog! Massa!
Mas pra que eu vou escrever um blog? Pra contar da minha vida pelo mundo, ganhar um troco com a propaganda do google, contar estórias, historias, falar das pessoas, dos lugares, da comida, da alegria e da tristeza, da saúde e da doença, da riqueza, dureza, das dores e delicias de ser quem eu sou? Quem eu sou mesmo? Quem sabe um blog ¨Crasse A¨ como o do meu amigo Ângelo ou como o de Gabriel, Irmão de meu amigo Ângelo? Pretensão a minha, nunca vou escrever como essa gente. Nem de longe, tratando de qualidade, nem de perto, pensando geograficamente.
Será que e pra entrar na onda? Ser mais um na Blogosfera? Que palavra feia. Parece lugar de ter câncer. O senhor tem um tumor na blogosfera, vamos ter que remover e fazer uma biopsia.
Não sou de seguir a onda, nem quero fazer o jornal da minha vida. Posso falar de musica que eu gosto, mas não entendo, ou filmes, que eu gosto, mas entendo menos ainda. Livros! Eu gosto de ler, mas não tenho cacife pra falar do que os outros escrevem. Não vou ficar indicando compras de cds, dvds ou livros porque eu não compro nada disso, baixo tudo da internet. Também não vou ser divulgador de pirataria. Adoro sites com coisas pra baixar, mas estou fora de apologias. Posso fazer como algumas pessoas da minha vida, escolher um tema e dissertar sobre, dando minha opinião pra convencer alguém a aceitar meu ponto de vista... Foda-se pense o que quiser! Eu estou certo, você esta errado. Assunto encerrado!
Pra que eu vou escrever um blog? Pior! Quem vai ler meu blog? Pior ainda! Porque alguém vai ler meu blog?
Ainda não sei. Mas vou descobrir. Vou mesmo? Será?

Da uma olhada:

Blog do Gabriel, Irmão do meu amigo Ângelo http://www.safenacultural.blogspot.com


quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Primeiro post - Manolo

Esse eu vi a primeira vez em Mallorca, numa reuniao de Brasucas. Nunca deixei de rir com o pobre Manolo!